Este filme, e bastando ler o título para se verificar esse facto, aborda um assunto um pouco fantasioso. Mas se conseguirmos achar natural que se possa viajar no tempo devido a um problema genético, e também conseguir aceitar algumas cenas, como o facto de uma criança se apaixonar pelo trintão nu que aparece por entre as árvores, e que num instante desaparece, pode-se retirar daqui uma hora e meia relativamente bem passado.
Henry (Eric Bana) é um bibliotecário que sofre de uma estranha condição, devido a um problema genético ele viaja no tempo, sem grande razão aparente e sem o mínimo controlo. Ele pode ir para o futuro ou para o passado, mas várias vezes vai parar ao mesmos sítios. Um deles é um campo onde encontra Clare (Rachel McAdams) ainda jovem e sabendo o que vai acontecer no futuro, eles acabam por casar, ele continua a visitá-la regularmente. O real tema do filme é depois do casamento como consegue Clare conviver com um marido que a cada passo desaparece e já que não pode controlar as suas viagens no tempo, pode voltar passado segundos ou passado dias.
Tanto Eric Bana e Rachel McAdams cumprem nos seus papéis, deixando transparecer muito bem as emoções das personagens nos momentos mais delicados d história.
Uma palavra também para o argumentista Bruce Joel Rubin, que não deixa o filme entrar num estado demasiado melodramático, quando seria o mais fácil de acontecer. Focando-se mais em como reage Clare aos constantes desaparecimentos do marido, ao invés de mostrar como Henry de todas as vezes que viaja no tempo, se consegue safar e voltar sem problemas, o que foi bem pensado, já que mostrar isso ao público poderia não ser muito fácil.
Não sendo um excelente filme, The Time Traveler's Wife, como já disse, consegue entreter fazendo com que o espectador consiga, de uma forma natural, aceitar a premissa do filme sem qualquer problema. O que seria à partida o principal obstáculo da película.
"I wouldn't change one second of our life together."
Avaliação - 6.4/10
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