quinta-feira, 4 de março de 2010

Kill Bill: Vol. I (2003)


Kill Bill volta a juntar Quentin Tarantino com Uma Thurman, que ainda era uma novata na altura em que foi escolhida para entrar em Pulp Fiction.

Neste primeiro volume, Tarantino apresenta-nos uma mulher da qual não sabemos o nome. Sempre que o seu nome é pronunciado ouve-se um apito que não deixa perceber o nome. Ela acaba por ficar conhecida como "A Noiva" (Uma Thurman), por razões que irei explicar mais à frente.

A Noiva travalhava como assassina para Bill (David Carradine) e com um grupo de mais 4 assassinos, e dentro desse grupo é conhecido como "Black Mamba". Mas depois de descobrir que está grávida ela resolve abandonar o grupo, sem dizer nada a Bill, e começar uma vida nova noutra cidade. Ela conhece um homem e os dois acabam por decididr casar. Mas Bill acaba por descobrir da "exagerar" na sua reacção e mata todos os que estão na igreja, incluindo "A Noiva". Ou pelo menos ele assim o pensava.


Mas ela não morreu, estava em coma, passados 4 anos dos eventos na igreja, ela volta a acordar decidida a vingar a morte dos que estavam na igreja e principalmente por terem morto o filho que estava no seu ventre. Então ela faz uma autêntica caça ao grupo que quase a matou, tendo como último nome na lista Bill.

Neste filme é clara a homenagem que Tarantino faz a géneros de filmes como os filmes da samurais Japoneses e filmes de artas marciais Chineses, bem como ao Anime. Sendo essa uma das melhores cenas do filme, quando Tarantino explica como O-Ren Ishii (Lucy Liu) se acabou por tornar uma assassina, sendo ela toda feita ao estilo tradicional do Anime.

E mais uma vez Tarantino faz um excelente trabalho na realização, sendo o culminar a fantástica sequência num género de restaurante, que foi filmado de maneira extraodinária. Outra das grandes cenas do filme é sem dúvida o confronto final de "A Noiva" com Ishii que foi filmado de forma belíssima.


A banda-sonora da fita é também ela muito boa, com especial destaque para a primeira música, que começa a tocar quando "A Noiva" está no chão da igreja prestes a levar o que seria o último tiro por Bill. A música e de Nancy Sinatra e chama-se Bang Bang (My Baby Shot me Down), mais apropriado é impossível.

A prestação de Uma Thurman é irrepreensível e é facilmente o melhor papel da sua carreira. Pouco mais há a dizer acerca das actuações já que basicamente é ela que carrega o filme de início ao fim.

Kill Bill tem um pouco de tudo, mas o que realmente o filme tem é sangue e muita acção. Logo desde aí vê-se que o filme não é para qualquer um. Mas é sem dúvida um excelente filme para quem o saiba apreciar.


"Revenge is a dish best served cold"

Avaliação - 8.9/10

5 comentários:

  1. Preciso de rever estas obras, penso que são as menos acessíveis da carreira de tarantino.

    Ainda assim, prefiro, de longe, o segundo capítulo ;)

    Abraço!

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  2. Jackie Brown, concordo contigo quando dizes que são as obras menos acessíveis de Tarantino, mas eu penso que o primeiro Volume é superior ao segundo.

    Abraço

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  3. O primeiro volume de Kill Bill abriu portas à genialidade de Tarantino, não que ele não tenha tido obras geniais pois, para mim, Pulp Fiction é a sua obra-prima, mas Kill Bill abriu novos horizontes a Tarantino afirmando-o como um dos melhores realizadores contemporâneos e versátil!

    Abraço
    Cinema as my World

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  4. Quentin Tarantino concebeu, com perfeição, um filme original, energicamente sublime, misto de registos e referências e tela de grande confluência estética. Uma obra-prima suportada pela magnífica interpretação de Uma Thurman e restante elenco, pela cinematografia primorosa de Robert Richardson e por momentos musicais únicos.

    Masterpiece.

    Cumps.
    Roberto Simões
    » CINEROAD - A Estrada do Cinema «

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  5. Nekas,

    concordo contigo, com este filme Tarantino mostra-se um realizador bastante versátil.

    Abraço

    Roberto,

    Penso que um dos grandes pontos fortes do filme é a excelente conjugação entre a banda-sonora é a acção do filme.

    Abraço

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