domingo, 28 de fevereiro de 2010

The Pianist (2002)


The Pianist conta a história de um polaca judeu, que conseguiu sobreviver à guerra, com muita sorte e com a ajuda de várias pessoas.

O filme é baseado na autobiografia de Wladyslaw Szpilman (Adren Brody), que tocava piano numa rádio em Varsóvia, quando os confrontos começaram em maior escala na cidade. Embora a declaração de guerra à Alemanha Nazi, pela Inglaterra e pela França, tenho ocorrido, a guerra durou mais do que a família Szpilman esperava.

Desde muito cedo, os judeus da cidade são transferidos para um gueto, onde vivem completamente isolados, já que os alemães construíram um muro à sua volta. Mas a sua estadia por lá não dura, e assim, todos os judeus, incluindo os Szpilman, têm de abandonar o gueto e ir em direcção aos campos de concentração. E nesse momento, Wladyslaw é salvo por um amigo, e aí começa a sua fantástica história pela sobrevivência.


Adrien Brody como Wladyslaw, dá facilmente a melhor interpretação da sua carreira, o filme é ele. Ele é um exemplo de como se entregar de corpo e alma à personagem e de como isso transparece para o público.

A realização, por parte do polémico Roman Polanski, é toda ela brilhate. Com uma nota especial, para uma das cenas finais do filme, quando Szpilman toca um pouco de piano para um oficial Nazi. Essa cena é fantástica e muito poderosa.

O guarda-roupa vê-se que foi algo bem cuidado no filme, e a banda sonora é também ela genial, quase toda ela ao som de Chopin, também ele um pianista polaco.

Roman Polanski, mais uma vez, consegue um excelente filme, que por pouco não é uma obra-prima.


"Poland is no longer alone."

Avaliação - 8.0/10

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

There Will Be Blood (2007)


O realizador/argumentista Paul Thomas Anderson, adaptou o livro "Oil!" de Upton Sinclair e tranformou-o em There Will Be Blood.

A história passa-se em 1898, onde Daniel Plainiew (Daniel Day-Lewis) consegue formar fortuna com a formação de império de petróleo, algo que muita gente andava atrás neste virar de século.

Um certo dia, aparece-lhe à porta um tal de Paul Sunday, que diz a Plainview um sítio onde existe imenso petróleo ainda por explorar. A terra de que Sunday está a falar é o rancho da sua prória família. Quando Daniel lá chega, constata de imediato que o terreno tem imenso petróleo e enganando um pouco os Sunday ocnsegue fazer com que eles vendam as suas terras. Mas para além disso, consegue persuadir a maior parte dos habitantes de Little Boston, a terra onde se situa o rancho dos Sunday, a vender as suas terras, com promessa de maiores infra-estruturas e maiores condições de habitabilidade.

Desde cedo se aperecebe que Daniel Plainview é um homem de duas faces. Tanto parece ser um homem a quem se possa confiar tudo, como de seguida mostra ser uma pessoa rude e implacável que fará tudo para enriquecer sem pensar nos outros.


O já vencedor de Óscar pelo extraordinário trabalho em My Left Foot, Daniel Day-Lewis, dá mais uma fantástica prestação. Ele realmente vê-se que se entrega totalmente a cada papel que interpreta e é sem sombra de dúvida o melhor de todo o filme. Mas o destaque nas actuações não ficam por aqui, já que Paul Dano dá uma excelente prestação como Eli Sunday, irmão gémeo de Paulo. A personagem dele não difere muito da de Day-Lewis, já que ambos parecem ter uma dupla-face e Dano consegue dar a sua melhor prestação até ao momento.

Paul Thomas Anderson, desde sempre teve um público específico e de certeza que os seus fãs vão adorar o filme. O meu problema é que não sou um fã de Anderson, não é que não aprecie os seus filmes, que aprecio e até gosto bastantedo Magnolia, mas não os vejo a nenhum, como a obra-prima que muitos dizem que são. E aqui em There Will Be Blood a história repete-se, e embora o filme me agrade duma maneira geral, vejo mais uma vez que não é nenhuma masterpiece.


Mas que se tem de dar crédito a Anderson isso tem, ele consegue transpor o filme das páginas do seu argumento de uma forma extraordinária, e embora ache No Country for Old Men no geral um melhor filme, penso que o Óscar de Melhor Realizador, se a dúvida era entre os dois, deveria ter ido para Anderson. Mas preferi sem dúvida a realização de Joe Wright em Atonement, mas isso já é outra história.

Em suma, There Will Be Blood é uma bom filme que no meu entender só lhe faltou um pouco para se tornar uma grande obra.


"Get OUT of here, ghost!"

Avaliação - 7.6/10

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Million Dollar Baby (2004)


Million Dollar Baby é indubitavelmente um dos melhores filmes de 2004 e inclusivé da década passada. Clint Eastwood mais uma vez faz um excelente trabalho na realização e faz, o que é para mim, o seu melhor trabalho como actor.

A película conta a história de Frankie (Clint Eastwood), um treinador de boxe já com uma certa idade, que resiste sempre aos pedidos de Maggie (Hilary Swank) para ele a treinar. Maggie quer ser a melhor e para isso exige o melhor treinador. Frankie tem um ginásio onde variadíssimos atletas vão treinar. Para tomar conta desse ginásio está Scrap (Morgan Freeman) o melhor amigo de Frankie e também ele, nos seus tempos de lutador, foi treinado por Frankie.

Aqui Eastwood prova mais uma vez o grande contador de histórias que é. Goste-se ou não se goste das suas obras, isto tem de estar ciente por todos, ele sabe contar histórias como ninguém. E é um realizador, como já disse anteriormente, que opta pela simplicidade em todas as cenas, e a simplicidade fica-lhe tão bem!


O filme conta ainda com o argumento genial de Paul Haggis, e que grande combinação esta foi, um dos grandes realizadores de sempre com um grande argumentista. Esta dupla voltaria a unir-se para fazer o filme Flags of our Fathers. (
Critica Aqui)

Como seria de esperar pelo o elenco, as actuações são bastante boas. Desde os vencedores de Óscar por este filme, Morgan Freeman e Hilary Swank, mas o destaque vai também para Eastwood, ele entrega tudo no seu papel e é impossível ficar indiferente à sua prestação. Ele rouba todas as cenas em que entra.

Do início ao fim, Million Dollar Baby mostra-se uma obra genial, mais uma a juntar ao currículo deste grande realizador/actor/produtor.


"Mo cuishle means "My darling, my blood.""

Avaliação - 8.7/10

Trailer de A Nightmare on Elm Street

Já chegou a internet o novo trailer do remake "A Nightmare on Elm Street"



O filme conta, no principal papel, com Jackie Earle Haley.

Top Década 2000 - 10º - 1º

E pronto, fica aqui o final da minha lista dos melhores filmes da década.

10º - Memento (2000)



Este filme, é o maior filme de culto desta década. Depois de quando saiu no cinema quase ninguém o ter visto, agora quase toda a gente o viu e muita gente o adora. É genial do princípio ao fim, isto de um dos grandes realizadores do momento.

9º - Closer (2004)



Um filme do qual não esperava grande coisa revelou ser uma surpresa muito agradável. Conta com actuações geniais e um argumento brilhante que nos mantém sempre atentos ao longo do filme e que promete manter-nos a pensar no filme umas boas horas depois de ele acabar.

8º - Crash (2005)



Crash mostra mais uma vez como brilhante é Paul Haggis como argumentista, onde ele consegue fazer com que nos consigamos preocupar com o destino de todas as personagens, até mesmo aquelas que não mereceriam tal importância à partida. Conta também com prestações brilhantes, que serviram para relançar a carreira de alguns dos actores. Para além disso tudo, o filme continua brilhante de cada vez que se vê.

7º - The Prestige (2006)



O que dizer de mais um excelente filme de Cristopher Nolan? O filme possui um excelente argumento que está cheio de twists. Twists esses que realmente tornam o filme mais agradável e intrigante de se ver, não como alguns dos twists que se ve em filmes, que são bastante maus. Depois de se acabar de ver só apetece ver de novo.

6º - Into the Wild (2007)



Este filme tem tudo de bom. Desde uma realização e argumento geniais, ambos feitos por Sean Penn, o filme conta ainda com uma fotografia brilhante e uma banda-sonora magistral, feita pelo génio Eddie Vedder. Isto tudo ainda aliado por uma excelente prestação de Emile Hirsch, torna este filme absolutamente imprescindível.

5º - Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)



A fita com um dos mais originais argumentos que já vi e conta ainda com as actuações de dois "monstros" do cinema, Jim Carrey, que prova ser um excelente actor em dramas, e Kate Winslet, que é para mim uma das melhores actrizes ainda em actividade. Isto tudo junto dá um dos melhores filmes da década.

4º - Cidade de Deus (2002)



Cidade de Deus mostra um lado bem real do Brasil, onde o crime reina e conta com um argumento fantástico e uma excelente realização por parte de Fernando Meirelles. Para mim vão ficar na história certas frases como: "Dadinho é o caralho. Meu nome agora é Ze Pequeno, porra!"

3º - Sin City (2005)



Este é o filme que mais me entreteve desde sempre. É impressionante as vezes que eu o vi, e vejo-o sempre como se fosse a primeira vez. Tem um estilo visual fantástico e é sem dúvida a melhor adaptação de uma banda-desenhada, alguma vez feito. Tudo nele, para mim, é genial, desde os díalogos até mesmo ao voice-over. Numa palavra: Brilhante!

2º - The Lord of the Rings: The Return of the King (2003)



Não tenho muitas palavras para descrever este final de trilogia. Tudo nele é fantástico. Sempre que vejo a trilogia só tenho pena que chegue ao fim. Peter Jackson conseguiu um trabalho fantástico, e a batalha final vai ficar na história do cinema. Para quem, por qualquer razão não viu esta fantástica trilogia, aconselho que o façam o mais rapidamente possível, porque não se vão arrepender.

1º - The Lord of the Rings - The Fellowship of the Ring (2001)



Este é para mim o melhor filme da década. Por várias razões. Por dar início à maior aventura alguma vez filmada e também por como peça única ser absolutamente genial. Não sei quantas vezes o vou ver, mas posso dizer que já o vi imensas vezes e adoro-o cada vez mais. Este é o Star Wars desta geração, e tenho a certeza de que décadas irão passar e ele continuará a ser adorado igual ou talvez ainda mais do que é agora.


E pronto aqui está a minha lista da Década que acabou à poucos meses. Relembro que esta lista é obviamente subjectiva, já que eu falhei imensos filmes que se calhar poderiam estar aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

25th Hour (2002)


Neste filme, é nos apresentado, Montgomery Brogan (Edward Norton), um ex dealer que trabalhava para a máfia Russa, e que está a apenas um dia de cumpriu um pena de 7 anos, quando foi apanhado com um quilo de cocaína no sofá de sua casa.

Neste último dia de liberdade ele procura estar com as pessoas mais chegadas a ele, Jacob Elinsky (Philip Seymour Hoffman), um professor do secundário que tem uma paixoneta por uma estudante (Anna Paquin), Frank Slaugherty (Barry Pepper), que trabalha na bolsa, e sendo amigo de Monty desde sempre, tenta lidar com o facto de que ele é um dealer e que nunca o tentou parar. Brogan passará também o seu dia com a namorada Naturelle Riviera (Rosario Dawson), pela qual comeca a ter dúvidas se foi ela ou não que o entregou à polícia, e também com o seu pai (Brian Cox) que não quer, nem por nada, que o filho vá para a cadeia.


A fita, de alguma maneira consegue que consigamos nos preocupar com três personagens que têm de tudo para não serem apreciados, um é um dealer que já desencaminhou imensa gente, outro é professor e não se importava nada de ter um caso com uma menor, e outro é corrector de bolsa que parece não se preocupar com o sofrimento dos outros e preocupa-se apenas com o seu bem-estar.

O que torna o filme espectacular de se ver é o argumento que é bastante poderoso. Foi escrito por David Benioff, que escreveu o livro com o mesmo nome. O ponto alto do filme é sem dúvida um monólogo de Brogan ao espelho, onde ataca tudo e todos, inclusivé, e principalmente, ele mesmo.


As prestações sao igualmente banstante boas. Também conta com um excelente elenco, o que não seria difícil de conseguir. Edward Norton dá mais uma excelente actuação, como Seymour Hoffman, mas o grande destaque vai para Barry Pepper que é um actor que eu até aprecio, e que neste filme deu a sua melhor prestação da carreira.

A película conta ainda com um final surpreendente, que chega a ser devastador.


"Fuck the priests who put their hands down some innocent child's pants. Fuck the church that protects them, delivering us into evil. And while you're at it, fuck JC! He got off easy! A day on the cross, a weekend in hell, and all the hallelujahs of the legioned angels for eternity! Try seven years in fuckin' Otisville, J!"

"No. No, fuck you, Montgomery Brogan. You had it all, and you threw it away, you dumb fuck!"


Avaliação - 8.0/10

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Top Década 2000 - 20º - 11º

E aqui continuo a minha lista dos que foram, para mim, os melhores filme da Década de 2000.


20º - Atonement (2007)



A combinação de excelentes performances, com uma genial realização e fotografia, sempre acompanhada por uma belíssima banda-sonora, faz deste filme um dos marcos da década. Crítica disponível
AQUI

19º - El Laberinto Del Fauno (2006)



Uns dos melhores filmes de fantasia desta década, recomendado para todos os adeptos deste género de filmes. Conta com uma realização fantástica e um argumento bastante original, tudo obra de Guillermo Del Toro.

18º - Snatch. (2000)



Em Snatch., Guy Ritchie faz o seu melhor filme até à data. Este filme que é uma divertida comédia no meio do mundo do crime, provou de facto, que Ritchie é um excelente realizador que pode fazer obras-primas. Como esta.

17º - Inglourious Basterds (2009)



Inglourious Basterds possui um argumento fantástico e conta com um elenco genial. É um filme à Tarantino e isso é muito bom!

16º - A Beautiful Mind (2001)



Nesta película, assiste-se à melhor prestação de Russel Crowe de sempre e uma das melhores actuações da década, no meu entender. É uma história bastante comovente que foi muito bem conduzida pelo realizador Ron Howard.

15º - Gladiator (2000)



Outro excelente filme protagonizado por Russel Crowe, que desta vez tem como realizador Ridley Scott. Esta fita marcou a minha adolescência e vi-o por variadíssimas vezes, é realmente um filme poderosíssimo sobre vingança e amor, que não deixa ninguém indiferente.

14º - The Dark Knight (2008)



Este é muito mais que um simples filme baseado num super-herói. Tem tudo o que é preciso para fazer uma obra-prima. Tem drama, humor, acção e muito mais. E conta com uma das melhores performances desta década, protagonizada por Heath Ledger, que faz com que o antigo Joker, protagonizado por Jack Nicholson, pareça um menino.

13º - The Curious Case of Benjamin Button (2008)



Esta fantástica fantasia realizada por David Fincher, revelou ser absolutamente genial. Como fã tanto do realizador como dos dois actores principais fiquei satisfeitíssimo com os três já que foram brilhantes. É uma das melhores senão mesmo a melhor história de amor desta década.

12º - Donnie Darko (2001)



Este é o "WTF" da década. Um filme recheado de originalidade e que se tornou um filme de culto da década que agora findou. Conta, principalmente, com um excelente argumento de Richard Kelly, e este filme sim, promete não deixar ninguém indiferente.

11º - Gran Torino (2008)



Um extraordinário filme de Clint Eastwood que é uma extraordinária história de amor e redenção. O filme foi, injustamente, completamente esquecido pela Academia de Hollywood, o que é uma terrível pena. O filme não atinge um maior lugar neste Top, apenas pelo facto de ter uma péssima prestação secundária do estreante Bee Vang (Thao). Mas apesar de tudo uma obra-prima quase perfeita do Mestre Eastwood.


Aqui está mais uma parte do meu Top, amanhã finalizarei com os 10 primeiros.

Top Década 2000 - 30º - 21º

Quando comecei a pensar em fazer esta lista dos filmes que foram para mim os melhores da década passada, pensei em fazer qualquer coisa como um Top de 20 ou 25 mas resolvi alargá-lo um pouco para que pudesse, de algum modo, "homenagear" alguns dos que para mim foram os melhores filmes dos últimos dez anos.

Sendo assim aqui fica já a primeira parte dessa lista.


30º - Der Untergang (2004)



Este filme conta de uma maneira muito realista, como foram os últimos dias de Adolf Hitler e conta com uma excelente realização e excelente desempenho do actor principal Brun Ganz.

29º - Avatar (2009)



O filme que suspostamente iria revolucionar o cinema, não o fez. Mas revolucionou sem dúvida a forma como se vê o cinema. Devido ao sucesso de bilheteira que foi Avatar, imensos filmes este ano vão ser em 3D, sendo que a maior parte não estaria a pensar em utilizar essa tecnica nos seus filmes. E só por isso Avatar já revoluciona o cinema. Para além disso foi a melhor experiência visual que tive num cinema.

28º - Kiss Kiss Bang Bang (2005)



A película que ajudou com que Robert Downey Jr. brilhasse e no qual se afirmou como o bom actor que é. Ela é uma divertida comédia, que foi a surpresa do ano de 2005.

27º - Million Dollar Baby (2004)



Neste que é mais um dos excelentes trabalhos de Clint Eastwood, que brilha mais uma vez no papel de realizador mas também no papel de actor. O filme tem tanto de belo como de genial e é um marco do cinema desta década. O filme acabou por vencer o Óscar para Melhor Filme, Realizador, Actriz e Actor Secundário.

26º - The Departed (2006)



A fita que fez com que Martin Scorsese fosse finalmente reconhecido pela Academia é uma obra-prima do realizador. Que com as excelentes interpretações do filme o faz estar nesta posição na minha lista. Critica disponível
AQUI.

25º - In Bruges (2008)



Esta divertida comédia negra, foi a grande surpresa do ano anterior. Com excelentes prestações de todo o leque de actores mas principalmente de Colin Farell, actor que nunca me pareceu ser grande coisa, mas aqui mostra-se a um grande nível.

24º - V for Vendetta (2005)



Um autêntico hino à liberdade, que faz com que se veja como é viver numa ditadura, algo que nós já vivemos e muitos países ainda vivem e infelizmente muitos ainda irão viver. Natalie Portman como Evey está fenomenal e é incrível como ela está sempre bela, quer seja de cabelo comprido, curto ou até mesmo careca.

23º - Love Actually (2003)



Não poderia deixar de fora a que é para mim, a melhor comédia romântica que já vi. Para além de ser um hino ao amor e à felicidade, conta com um grupo de actores de luxo que cumpre bastante bem o seu papel.

22º - The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)



A jornada continuou sim, e de que maneira. Embora seja para mim o pior da trilogia o filme não deixa de ser espectacular. Aliás dizer a palavra "pior" até lhe fica mal. É antes o "menos bom" dos três. E aquela batalha final no Abismo do Elmo irá ficar na história, já que foi realizada duma maneira absolutamente brilhante.

21º - Kill Bill Vol. I (2003)



Em mais um filme brilhante de Tarantino, Uma Thurman brilha como A Noiva, que procura vingança por aqueles que quase a mataram. Este Volume I é um pouco superior ao segundo, mas ambos são bastante bons. Para mim este Kill Bill consolidou definitivamente Tarantino como um dos grandes realizadores do nosso tempo. Daí também ocupar este lugar na minha lista.


E aqui estão os primeiros dez filmes desta minha lista. Amanhã irei colocar do 20º até ao 11º.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

The Hurt Locker vence os Bafta


Levando para casa seis troféus, incluindo Melhor Filme, Realizador e Argumento Original, The Hurt Locker foi o grande vencedor da noite, batendo toda a concorrência, principalmente Avatar que apenas ganhou dois galardões.

Kathryn Bigelow ao ganhar o BAFTA de Melhor Realizadora, abre um precedente já que nunca uma mulher tinha ganho este prémio, fazendo com que continue a ser a principal candidata ao Óscar nesse categoria. E bem merecido diga-se.

Embora Avatar tenha ganho apenas duas das categorias ao qual estava nomeado, é de relembrar que Titanic há uns anos foi nomeado para 10 galardões e não ganhou nenhum, ganhando passado umas semanas 11 Óscares.

Em relação aos prémios de interpretação, o destaque vai para Carrey Mulligan que ganhou com An Education e para Colin Firth que venceu com A Single Man. Os prémios para Actor e Actriz Secundário foram para os já esperados Cristoph Waltz e Mo'Nique.

Fish Tank ganhou o prémio de Melhor Filme Britânico, enquanto Un Prophète venceu o de Melhor Filme em Língua Não-Inglesa.

Todos os vencedores são os seguintes:

MELHOR FILME

The Hurt Locker

MELHOR FILME BRITÂNICO

Fish Tank

MELHOR ESTREIA DE UM REALIZADOR, PRODUTOR OU ARGUMENTISTA BRITÂNICO PELO SEU PRIMEIRO FILME

Duncan Jones por Moon

MELHOR REALIZADOR

Kathryn Bigelow por The Hurt Locker

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL

The Hurt Locker, de Mark Boal

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO

Up in The Air, de Jason Reitman e Sheldon Turner

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA

Un Prophète, de Jacques Audiard

MELHOR FILME ANIMADO

Up

MELHOR ACTOR

Colin Firth por A Single Man

MELHOR ACTRIZ

Carey Mulligan por An Education

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO


Christoph Waltz por Inglourious Basterds

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

Mo'Nique por Precious

MELHOR BANDA SONORA

Up, de Michael Giacchino

MELHOR FOTOGRAFIA

The Hurt Locker, de Barry Ackroyd

MELHOR MONTAGEM

The Hurt Locker, de Bob Murawski e Chris Innis

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA

Avatar, de Rick Carter, Robert Stromberg e Kim Sinclair

MELHOR SOM

The Hurt Locker, de Ray Beckett e Paul N. J. Ottosson

MELHOR GUARDA-ROUPA

The Young Victoria, de Sandy Powell

MELHOR CARACTERIZAÇÃO E PENTEADO

The Young Victoria, de Jenny Shircore

MELHORES EFEITOS VISUAIS

Avatar, de Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham e Andrew R. Jones

MELHORES CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

Mother of Many, de Sally Arthur e Emma Lazenby

MELHOR CURTA-METRAGEM DE IMAGEM REAL

I do Air, de James Bolton e Martina Amati

ORANGE RISING STAR AWARD

Kristen Stewart

NOTÁVEL CONTRIBUIÇÃO AO CINEMA

Joe Dunton

DISTINÇÃO DE CARREIRA

Vanessa Redgrave

Atonement (2007)


Este filme baseia-se no best-seller homónimo de Ian McEwan que decorre em meados dos anos 30. Conta a história de Briony Tallis (Saoirse Ronan) que é uma menina de 13 anos com uma grande imaginação. Já escreve peças e tudo. Ela tem uma irmã, Cecilia (Keyra Knightley) que cedo descobre que o sentimento que nutre por Robbie Turner (James McAvoy), o filho de uma das empregadas dos Tallis, é mais do que ela imaginava. Ela ama-o e o sentimento é recíproco.

Quando vê que os dois gostam um do outro, e ficando com imensos cíumes, por também ela ter uma pequena paixoneta por Robbie, ela voluntariamente culpa Robbie de um crime que ele não cometeu, mudando a vida de Robbie e de Cecilia, e involuntariamente a sua também, para sempre.

O realizador Joe Wright, deixou-me completamente arrebatado. A cena da chegada de Robbie e os seus dois companheiros à praia é absolutamente fantástica, de uma perfeição que só um excelente realizador conseguiria executar.


A banda-sonora é toda ela genial. Ela funde-se com o filme de uma maneira indescrítivel. Embora todo o filme tenha sido injustamente não premiado pela Academia de Hollywood, a banda-sonora ganhou justamente o Óscar.

O elenco també esteve bastante bem, indo a maior surpresa para a pequena Saoirse Ronan que garantiu a também merecida nomeação para os Óscares. Mas mesmo a sempre bela Keyra Knightley e James McAvoy dão interpretações de encher o olho.

Este Atonement é muito provavelmente o melhor filme de 2007, e é seguramente um marco do cinema desta década que há pouco findou.


"I love you. I'll wait for you. Come back. Come back to me."

Avaliação - 8.9/10

domingo, 21 de fevereiro de 2010

The Departed (2006)


O filme transporta-nos para Boston, onde o crime organizado está em alta. O chefe da máfia é Frank Costello (Jack Nicholson), e a polícia tentando tudo para o apanhar coloca Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) como infiltrado no grupo de Costello. Mas o que eles não sabem é que a máfia também conseguiu para um dos seus na polícia, e é ele Colin Sullivan (Matt Damon) cuja principal missão é avisá-los de todas as actividades realizadas pela polícia para deter Costello.

Bem cedo, ambos os lados se apercebem que têm espiões entre as suas fileiras e farão de tudo para saber quem é.

Esta é mais uma excelente obra de Scorsese, que finalmente viu reconhecido o seu valor pela Academia com este filme.


Embora a realização seja excelente, não fosse o filme realizado por um dos mais conceituados realizadores ainda em actividade, o grande mérito vai para o elenco. Todos eles conseguiram prestações de encher o olho. Até Mark Wahlberg, do qual duvido que tenha grande capacidade para ser actor dá uma exclente prestação no filme, valendo-lhe inclusivé uma nomeação para Óscar.

A banda-sonora é genial, encaixando na perfeição com o filme, fazendo com que a cena inicial, ao som de The Rolling Stones, seja genial, fazendo já prever de que se iria assistir a uma excelente fita.

Esta película, sem dúvida que prova que Martin Scorsese ainda tem muito para dar ao cinema. E conta com um dos melhores finais que já pude ver num filme.


"When I was your age they would say we can become cops, or criminals. Today, what I'm saying to you is this: when you're facing a loaded gun, what's the difference?"

Avaliação - 8.7/10

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A History of Violence (2005)


Nesta fita Viggo Mortensen é Tom Stall, um homem que vive numa típica pequena cidade da América. Ele é casado com Edie (Maria Bello), e tem dois filhos. Tom é dono de um pequeno restaurante, e possui uma vida perfeita, todos os habitantes da cidade gostam dele e ele parece ser o cidadão perfeito.

Até que tudo muda, quando dois forasteiros tentam roubar o restaurante indo inclusivé matar uma empregada. Aí Tom parece tornar-se outra pessoa, desfazendo-se dos homens com uma facilidade tremenda. E a partir daí é apelidado de herói da cidade, aparecendo em várias estações televisivas.


Devido a esse facto aparece na cidade Carl Fogaty (Ed Harris), que afirma a pés juntos que Tom não é quem diz ser. E desde esse momento a vida de Tom muda de pernas para o ar, com a constante presença de Carl que se mostra ser alguém bastante perigoso.

Este é sem dúvida o trabalho mais acessível de David Cronenberg e penso que ele tem muito a ganhar com esta maior "simplicidade". O único problema que encontra no filme é o argumento não ter sido explorado da melhor maneira, fazendo com que pareça que com mais uns bons 20 minutos, que pudessem servir para aprofundar algumas personagens secundárias, o filme se tornaria melhor.


Viggo Mortensen como é seu costume, foi genial do princípio ao fim, dando toda a emotividade à sua personagem, quer seja quando é o Tom normal, ou quando parece outro. Maria Bello também brilha, no melhor papel da sua carreira, fazendo com que quem veja o filme realmente se importe com a sua personagem e com todo o drama que a sua família vai vivendo.

A película tem uma acção relativamente simples, tornando como já disse o filme mais acessível de Cronenberg, um realizador que com este filme poderia ter conseguido a sua "masterpiece". Mas não deixa de ser um excelente filme, que tem uma cena final absolutamente genial.


"Still crazy fucking Joey."

Avaliação - 8.0/10

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Flags of our Fathers (2006)


Este filme fala sobre as vidas de alguns dos soldados americanos que apareceram numa fotografia, onde estão a erguer a bandeira americana em Iwo Jima, território japonês, isto durante a Segunda Guerra Mundial. E em mais este brilhante trabalho de Clint Eastwood, ele foca-se mais concretamente em três dos soldados que ergueram essa bandeira e depois voltaram para casa, sendo vistos como heróis.

Eles são John "Doc" Bradley (Ryan Phillippe), Rene Gagnon (Jesse Bradford), e Ira Hayes (Adam Beach), e são vistos pelo governos dos Estados Unidos, como pessoas que podem atrair investidores para o negócio da guerra. Sim porque é preciso dinheiro, para comprar armas, tanques, tudo. E depois da imagem ter corrido toda a América, as pessoas acreditam que a vitória é possível, por isso são convidadas a ajudar neste esforço final.


Mas as coisas não são bem assim, a unica coisa que eles fizeram foi erguer uma bandeira, Bradley e principalmente Hayes mostra-se sempre basnta zangado com toda aquela situação, com o facto de ele estar ali sem ter feito grande coisa por isso, apenas por erguer uma bandeira. Isto tudo enquanto lembra que os heróis, os verdadeiros heróis morreram naquela batalha e Iwo Jima.

As actuações dos actores na maior parte dos casos são boas mas há uma que claramente se revela melhor que todas as outras, que é a de Adam Beach como Ira Hayes. Uma prestação memorável do para mim desconhecido actor.

Como em todos os filmes realizador por Clint Eastwood, a realização é sempre o ponto alto do filme. Ele deu muita profundidade e creatividade ao filme. Com Flags of our Fathers, Eastwood veio provar que é um excelente realizador, que consegue filmar qualquer tipo de história de uma maneira simples, mas ao mesmo tempo eficaz e genial.


Este filme é uma das partes do conjunto de filmes realizados por Eastwood sobre a batalha de Iwo Jima, este relata a acção sobre o ponto de vista dos americanos, enquanto o outro relata a experiência vivida pelo o outro lado, pelos japoneses.

Em suma, mais um excelente filme realizado por Eastwood, e que deve a maior parte da sua grandiosidade a este senhor, já que muito poucos conseguiriam fazer um filme deste género da maneira que ele conseguiu. Com um argumento um pouco melhor podia se tornar numa autêntica "masterpiece".


"They may have fought for their country but they died for their friends. For the man in front, for the man beside him, and if we wish to truly honor these men we should remember them the way they really were."

Avaliação - 7.8/10